O amor sempre terá um limite: a dignidade.
Porque o respeito que cada um de nós temos por nós mesmos tem um
preço muito alto e jamais irá aceitar cortes para saciar um amor que
não é suficiente, que machuca e nos deixa vulneráveis.
Dizia Pablo Neruda que o amor é curto e o
esquecimento é muito longo. Mas no entremeio sempre há aquela “luz de vagalume”
que se acende de forma natural nas noites escuras para nos indicar onde é o
limite, para nos lembrar que é melhor um esquecimento longo do que
uma grande tormenta na qual acabamos vendendo a nossa dignidade.
Às vezes o melhor remédio é esquecer o que se sente
para recordar o que valemos. Porque a dignidade não deve ser perdida por
ninguém, porque o amor não se roga nem se suplica, e embora nunca se deva
perder um amor por orgulho, também não se deve perder a dignidade por amor.
Acredite ou não, a dignidade é esse elo frágil
e delicado que tantas vezes comprometemos, que pode romper e desfazer as
ligações dos nossos relacionamentos amorosos. Há muitas ocasiões em que
cruzamos essa fronteira sem querer até nos deixarmos levar por alguns extremos
nos quais nossos limites morais tornam-se fracos, pensamos que por amor tudo
vale a pena e que qualquer renúncia é pouca.
Porque
o amor e a dignidade são duas correntes em um oceano convulso, no qual até
mesmo o marinheiro mais experiente pode perder o rumo...Internet