ANGELA CADA VEZ MELHOR

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Sou psicóloga há 34 anos ,nas áreas de RH, Psicoterapia e Regressão. Também sou professora . Sou questionadora... inquieta... um vulcão (às vezes adormecido)... sujeita a chuvas e trovoadas . Busco,incessantemente, continuar voando porém com os pés no chão..... O que mais amo fazer e faço com muito prazer é VIVER!!!!! Estou agora incrementando meus dons artísticos e criando muita coisa linda!!! Vendo tudo!!!!! Se quiser saber mais... é só perguntar!

domingo, 5 de junho de 2016

Ame sua perdas


Certa vez perdi o homem da minha vida. Confesso, com todo o drama que exige uma boa fossa, que meu mundo caiu. Chorei vinte e quatro horas seguidas, levantei e fiz o que tinha que ser feito: seguir em frente. Claro, que por algum tempo não fui feliz. Mas percebi, como numa tragada de inspiração, que o homem da minha vida era completamente substituível. De lá pra cá, perdi três homens da minha vida e continuo de pé – e sorrindo, se quer saber.
Perdi também um grande amigo. Ele não morreu para o mundo, mas pra mim, sim. Descobri uma traição daquelas que não se faz com melhores amigos. Encontrei muitos outros melhores amigos – alguns me traíram, alguns me consolaram, e todos foram embora. E outros sempre chegaram.
Noutro episódio triste da vida, perdi dois empregos – que tinha concomitantemente – na mesma semana. A crise veio e não havia mais como pagar aos colunistas. “Ok.” Chorei por umas horas, refiz o orçamento e me ajustei, novamente, ao caos da vida como pude. Encontrei outros três empregos nos meses seguintes. Alguns me fizeram feliz, outros não, e a todos perdi. E outros sempre chegaram.
A única certeza que temos na vida é de que, vez ou outra, perderemos. As pessoas vão embora, as crises vão chegar, nossos amigos vão nos trair. As perdas são essa realidade cruel que precisamos aceitar – e tirar proveito, sempre que possível.
O barato disso tudo é que, sempre que perdemos algo importante, temos a oportunidade de enxergar com uma clareza que só a tristeza proporciona as tantas outras coisas importantes que ainda temos. E de perceber, com a perspicácia que só as crises nos trazem, as outras tantas coisas importantes que chegarão. As perdas têm a indispensável função de nos fazer renascer. Cuidar do que ainda temos e lutar pelo que precisamos.

Não tenho piedade dos bons perdedores – mas aqueles que ganham sempre, coitados, não têm a chance de enxergarem-se tais quais são: humanos, errantes, passíveis de terríveis perdas e, sobretudo, capazes de reconstruir qualquer coisa que seja. E de deixar partir o que não lhes pertence.

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