A dignidade não se vende, nem se perde nem se
presenteia. Porque uma derrota a tempo sempre será mais digna do
que uma vitória se conseguirmos sair “inteiros” dessa batalha, com o queixo
erguido, o coração inteiro e uma tristeza que vai acabar renovando as
esperanças.
As pessoas costumam pensar que não há nada pior do
que ser abandonado por alguém que amamos. Não é verdade, o mais destrutivo
é se perder amando quem não nos ama.
No amor saudável e digno não se encaixam martírios
ou renúncias, aquelas em que dizemos que vale tudo só para estarmos ao lado do
ser amado. Não adianta nos posicionamos à sua sombra, onde já não irão
mais restar dias ensolarados para o nosso coração nem estímulos para as
nossas esperanças.
Por isso, e para evitar cair nestas correntes
emocionais convulsivas, vale a pena refletir sobre as seguintes questões, que
sem dúvida podem nos ajudar:
§ Nos
relacionamentos amorosos os sacrifícios têm limites. Não
somos obrigados a responder a todos os problemas do nosso parceiro/a, a
oferecer ar sempre que ele/a quiser respirar, nem a apagar a nossa luz para que
a dele/a brilhe. Lembre-se de onde está o verdadeiro limite: na sua dignidade.
§ O
amor se sente, se toca e se cria todos os dias. Se
não percebermos nada disto, pedir não vai adiantar nada, assim como não adianta
esperarmos sentados que aconteça um milagre que não tem sentido. Assumir que já
não somos amados é um ato de valentia que vai evitar que fiquemos à deriva em
situações delicadas e destrutivas.
§ O
amor jamais deverá ser cego. Por muito que se defenda esta ideia, é necessário
lembrar que sempre será melhor se oferecer a alguém com os olhos bem abertos, o
coração entusiasmado e com a dignidade muito alta. Só então seremos autênticos
arquitetos destas relações dignas que valem a pena, onde pode-se respeitar e
ser respeitado, criar todos os dias um ambiente saudável onde nem “tudo vale”,
sem jogos de poder nem sacrifícios irracionais.
- A dignidade é e será sempre o reconhecimento de que somos merecedores de coisas melhores, porque sempre será melhor uma solidão digna do que uma vida de carências, do que relacionamentos incompletos que nos fazem acreditar que somos atores secundários no teatro da nossa existência.
- Não permita isso,
- Não perca a sua dignidade por ninguém.
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